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Jair Bolsonaro paga o preço por ter uma comunicação política imatura e amadora, afirma professor da ESPM

Redação

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O atual presidente teve uma queda de popularidade vertiginosa em seu início de mandato, a maior desde 1995, durante o governo de FHC

Segundo o Ibope, em três meses, a avaliação positiva do novo governo, com presidência de Jair Bolsonaro (PSL), caiu 15 pontos percentuais. Estudos apontam que a comunicação adotada contribui grandemente para essa perspectiva.

A história do marketing e da comunicação política demonstra como o diálogo feito pelo governo possui impacto na sua popularidade. “A comunicação de Jair Bolsonaro é muito deficitária, não tem um objetivo claro e não consegue articular com as diversas camadas da sociedade”, ressalta Gabriel Rossi professor de marketing da ESPM.

Ainda de acordo com o Ibope, o número de pessoas que acham o governo Bolsonaro ruim ou péssimo aumentou de 11% para 24%, entre janeiro e março. Esses números estão diretamente relacionados às agitações no governo que conta algumas medidas e emissões desmentidas.

Para o professor é por isso que há a necessidade de que o atual Presidente e seus Ministros usem o suporte da assessoria jurídica do Ministério Público antes de saírem publicando notas oficiais com dados e informações errôneas. “Geralmente, os 100 primeiros dias de governo são considerados como a lua de mel do político com a sociedade, e depois desse período, costumeiramente, há uma pressão maior sobre as ações que são tomadas”, informa Gabriel.

Além disso, existe uma certa divisão de tarefas entre a família Bolsonaro que não é algo natural de um estado pró-democrático. O que vem incomodando a população, onde 75% acha errado os filhos do presidente interferirem em seu mandato, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) com o instituto de pesquisa MDA.

Gabriel destaca que Bolsonaro tem feito maus posicionamentos e que novamente não agiu como presidente ao comentar em comemoração o golpe realizado durante o governo Dilma. “Este foi mais de um de seus equívocos. Existem assuntos com urgência em serem debatidos e se a reforma da previdência não passar pode-se considerar o fim do governo. Caso isso se concretize, o Brasil vai entrar em um buraco sem fim, tornando impossível reverter a imagem do presidente pela perspectiva do marketing”, finaliza.

Somente a partir de discussões maduras e sérias é possível avançar social, política e economicamente. Para tanto, o atual governo deverá rever seus direcionamentos a fim de não perder mais apoiadores e índice de confiança.

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